China lidera lista dos principais parceiros comerciais do Brasil

A integração das economias nacionais em um sistema econômico global tem sido um dos movimentos mais importantes do século passado. Esse processo, que geralmente é chamado de Globalização, se materializou em um crescimento exponencial no comércio entre os países. O Brasil, apesar de estar fora do topo das principais listas, não fica fora deste contexto e mantém um relacionamento importante com diversas nações. Esta lista mostra quais são os dez principais parceiros comerciais do Brasil, os números e as transações. Os dados são do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços e os valores estão em dólares:

1º China

A relação do Brasil com a China é a principal tanto nas exportações como nas importações. Com os chineses o país teve um superávit de $ 28 bilhões em 2019. O Brasil exportou o equivalente a $63,357 bilhões e importou $35,270 bilhões, uma queda de 0,9% nas exportações e crescimento de 1,6% em relação a 2018, respectivamente. Os negócios com a China correspondem a 28,1% de todas as exportações e 19,9% de todas as importações. Soja (32%), óleos brutos de petróleo ou minerais betuminosos, crus (24%) e minério de ferro e seus concentrados (21%) estão entre os principais produtos exportados. Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (12%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátados frio ou foto-cátodo, diodos, transistores(6,2%) foram os mais importados.

2º Estados Unidos

Os Estados Unidos estão em segundo lugar neste ranking tanto nas exportações como nas importações. Com os americanos o país teve um déficit de $ 374,3 milhões de dólares em 2019. O Brasil exportou o equivalente a $ 29,715 bilhões e importou $30,090 bilhões, um crescimento de 3,6% e 3,9% em relação a 2017, respectivamente. Os negócios com os Estados Unidos corresponderam a 13,2% de todas as exportações e 17% de todas as importações. Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (11%), produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (9,6%) e aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (8,2%) estão entre os principais produtos exportados. Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (28%), demais produtos – indústria da transformação (3,9%) e carvão em pó, mas não aglomerado (3,9%) foram os mais importados.

3º Argentina

O país vizinho figura como terceiro principal parceiro comercial, sendo o quarto nas exportações e o terceiro nas importações. Com os argentinos o país teve um défict de $ 760,7 milhões de dólares em 2019. O Brasil exportou o equivalente a $ 9,791 bilhões e importou $ 10,552 bilhões, uma queda de 34,3% nas exportações e 4,5% nas importações em relação a 2018. Os negócios com a Argentina corresponderam a 4,34% de todas as exportações e 5,95% de todas as importações. Veículos automóveis de passageiros (20%), parte e acessórios dos veículos automotores (8,1%) estão entre os principais produtos exportados. Veículos automóveis para transporte de mercadorias e usos especiais (25%), veículos automóveis de passageiros (13%) e trigo e centeio, não moidos (12%) foram os mais importados.

4º Holanda

A Holanda ou Países Baixos figura como quarto maior parceiro comercial do Brasil sendo o terceiro principal destino das exportações e 21º quando se fala em origem das importações. Com os holandeses o superávit foi $ 7,988 bilhões em 2019. As exportações foram de $ 10,125 bilhões, queda de 22,5%, e as importações foram de $ 2,137 bilhões, com crescimento de 26,4%, em relação a 2018. Os negócios com a Holanda corresponderam a 4,49% de todas as exportações e 1,21% de todas as importações. Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (15%), obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (11%), farelo de soja e outros alimentos (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (9,1%) estão entre os principais produtos exportados. Óleos combustíveis de petróleo ou minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (38%), adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (7,1%), e plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (6,1%) foram os mais importados.

5º Alemanha

A Alemanha aparece em quinto lugar nesta lista, pois é o oitavo maior destino das exportações brasileiras e a quarta maior origem de importações. Com os alemães foi registrado um déficit de $5,548 bilhões em 2019. As exportações caíram para $ 4,731 bilhões (-9,1%) e importações $10,280 bilhões (-2,6 %), em relação a 2018. Os negócios com a Alemanha corresponderam a 2,1% de todas as exportações e 5,8% de todas as importações. Café não torrado (17%), farelo de soja e outros alimentos (excluídos cereais não moídos) (12%), e minérios de cobre e seus concentrados (10%) lideram a lista de produtos exportados, e compostos orgânico-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (8,7%), partes e acessórios dos veículos automotivos (7,2%) e outros medicamentos, incluindo veterinários (6,6%) estão entre os mais importados.

6º Chile

O segundo país da América do Sul nesta lista é o Chile que é o sexto principal destino das exportações e 13º origem das importações. A balança comercial de 2019 teve um superávit de $ 1,986 bilhões. Foram $ 5,162 bilhões em exportações, 19,1% a menos que em 2018 e $3,176 bilhões em importações, com queda de 6,1% em relação ao ano anterior. As exportações para o Chile correspondem a 2,29% de todos os negócios brasileiros com o exterior e as importações têm 1,79% de participação. Óleos brutos de petróleo ou minerais betuminosos, crus (23%), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (8,2%) e partes e acessórios dos veículos automotivos (6,2%) figuram entre os produtos mais exportados e cobre (28%), pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (17%) e minérios de cobre e seus concentrados (13%) entre os mais importados.