Governo estuda concessão de rodovias em eixos de exportação

O governo federal avalia a possibilidade de concessão de mais 4 mil quilômetros de rodovias brasileiras. São cinco trechos que passarão pela análise da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), em oito estados. Pelo menos três deles têm papel importante para o escoamento e exportação da produção nacional.

Os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental serão incluídos entre os projetos da empresa estatal. Além disso, a EPL também realizará estudos de tráfego, demanda, operação, engenharia, modelagem econômico-financeira e jurídicos. O trabalho servirá de base para as minutas de editais e contratos para a concessão desses ativos, segundo a empresa.

Após a etapa de estudos técnicos, serão realizadas audiências públicas para prestar esclarecimentos junto aos órgãos de controle. Nessa fase, os trabalhos são desenvolvidos junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

As rodovias que serão analisadas já passaram por qualificação do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), conforme o governo.

Confira os trechos em estudo:

BR-158/155 – MT/PA (1.135,1 km):
A rodovia é rota de escoamento da produção de grãos proveniente do nordeste de Mato Grosso. O trecho integra a região à ferrovia Carajás, permitindo a exportação pelo Porto de Itaqui (Maranhão).
BR-040 – DF/GO/MG (733 km):
Trecho já está concedido, mas a relicitação objetiva garantir a continuidade dos serviços operacionais. O processo também visa obras de recuperação, manutenção, ampliação de capacidade e melhorias no trecho.
BR-163 – MS (847,2 km):
A rodovia tem papel fundamental no comércio, turismo e, principalmente, na logística agroindustrial. Esse é considerado o principal corredor de exportação do Mato Grosso do Sul para atingir os portos do Paraná e Santa Catarina.
BR-060/153/262 – DF/GO/MG (1.176,5 km):
Faz a ligação do extremo oeste do Mato Grosso do Sul com a capital federal. É um eixo regional entre Goiânia-Anápolis-Brasília.
BR-135/316 – MA/PI (438 km):
A região é considerada a grande fronteira agrícola nacional e apresenta crescimento na produção, especialmente em soja e milho. Com isso, o trecho apresenta papel importante para o desenvolvimento regional do Norte e Nordeste do país, de acordo com o governo.