O navio Stellar Banner deverá ser afundado a aproximadamente 150 quilômetros da costa maranhense, segundo informações da Marinha do Brasil. O anúncio foi feito por meio do Comando do 4º Distrito Naval (Com4ºDN), após análise dos relatórios preliminares apresentados pela Polaris Shipping, proprietária da embarcação. Conforme divulgado pelo órgão competente, as inspeções estruturais apontaram que o graneleiro deve ser alijado (afundado) em águas profundas.
Para viabilizar a operação, serão retirados os resíduos de óleo que permaneceram a bordo desde a reflutuação do navio. Já parte da carga não será removida do Stellar Banner. De acordo com a Marinha, o carregamento não oferece riscos à vida marinha e humana. Por isso, ele permanecerá na embarcação, em concordância com as autoridades ambiental e marítima.
O processo de alijamento será feito com o apoio e monitoramento de outras embarcações. Para isso, serão mobilizados um rebocador para manuseio de âncoras (AHTS), um navio de resposta à derramamento de óleo (OSRV), uma embarcação de apoio offshore (OSV) e um navio-patrulha. De acordo com a autoridade marítima, eles prestarão suporte para evitar possíveis impactos ambientais.
Autoridades ambientais do Maranhão e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também acompanham os trabalhos.
Reflutuação do Stellar Banner
O Stellar Banner encalhou na costa do Maranhão em fevereiro deste ano, desencadeando uma operação de emergência ambiental. Em maio, as equipes conseguiram finalizar a retirada de resíduos do interior do navio para permitir a reflutuação. Esse último procedimento foi concluído no dia 3 de junho, quando a embarcação foi rebocada para uma área de águas mais profundas, a 60 milhas da costa maranhense. Foi nesse local que o graneleiro passou por inspeções estruturais, realizadas com apoio de mergulhadores e de um veículo submarino operado remotamente (ROV).
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