Zona Franca de Manaus receberá US$ 138 mi em investimentos

Conselho de Administração aprova 28 projetos para o Polo Industrial da capital amazonense

Foto: Divulgação/Suframa

Polo industrial na região amazônica, a Zona Franca de Manaus (ZFM) receberá US$ 138 milhões em investimentos nos próximos anos. Por meio de videoconferência, o Conselho de Administração da área (CAS) aprovou 28 projetos. Dez dessas iniciativas são para implantação de novos negócios, enquanto as outras 18 são destinadas à atualização, diversificação e ampliação industrial.

Segundo a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), os projetos devem criar, juntos, 1.119 vagas de emprego no Polo Industrial de Manaus (PIM). A estimativa é que nos três primeiros anos, o faturamento gerado pelos empreendimentos seja na ordem de US$ 1 bilhão.

Destaques da pauta de projetos

Entre os projetos aprovados estão os destinados à produção de condicionadores de ar do tipo janela. Eles pertencem a duas empresas, que preveem investimentos de US$ 10,1 milhões e US$ 13,9 milhões. Juntos, os dois empreendimentos devem gerar quase 170 empregos. Um deles pretende exportar até 75% dos itens produzidos, o que agregará aos indicadores de vendas externas do PIM.

Outros destaques da pauta são os projetos de diversificação para produção de relógios inteligentes (smartwatches) e de luminárias de LED. Os investimentos projetados são de US$ 12,8 mi e US$ 3,6 mi, respectivamente. Cada um deles deve gerar em torno de 30 postos de trabalho.

Conforme a Suframa, o segmento de luminárias LEDs está em implantação no PIM. O setor passou a ser desenvolvido após aprovação, em fevereiro, do Processo Produtivo Básico (PPB).

Reunião do CAS

A aprovação dos novos investimentos na Zona Franca ocorreu nessa quinta-feira (7), durante a 291ª Reunião Ordinária do CAS. Para o superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, a videoconferência no período de enfrentamento do novo coronavírus garante a continuidade de projetos e da geração de empregos para a região, uma das mais impactadas pela Covid-19 no país. “Temos certeza que é uma ótima notícia para a sociedade brasileira. Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, a Suframa não parou, suas equipes técnicas continuaram trabalhando e seguiram as diretrizes do governo federal de lutar pela defesa dos nossos empregos e pela melhoria do nosso ambiente de negócios”, destacou.

Durante a reunião, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos da Costa, anunciou um trabalho conjunto para o desenvolvimento sustentável da região. A ação será realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Amazonas, governo estadual e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Para isso, será contratada uma consultoria global para identificar e chancelar quais os eixos a serem impulsionados.

Enfrentamento à Covid-19

Desde o início da calamidade pública em decorrência da Covid-19, a Superintendência da Zona Franca tem adotado ações diversas. Entre as medidas voltadas às indústrias está priorizar a internalização de alimentos, medicamentos e produtos de primeira necessidade e prorrogações de prazos. Além disso, também foi criado aporte de recursos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em projetos ligados à saúde pública.

“Caminhamos agora para a retomada da economia, com o retorno das atividades fabris de algumas indústrias do PIM, além da reabertura do setor comercial. Acreditamos que até o final de maio e início de junho. E, acima de tudo, estamos trabalhando para agregar novos segmentos ao Polo Industrial de Manaus, voltados para a saúde, segurança e bionegócios”, afirmou Menezes.

Conforme o secretário da Sepec, o governo federal tomou 301 ações de mitigação do impacto da Covid-19 no segmento. “Por meio de um sistema, recebemos 2.404 sugestões do setor produtivo, que foram agrupadas em 990 demandas, das quais já atendemos mais de 50%. Cerca de 20% foram arquivadas por não se tratarem do momento da pandemia e as demais estão sendo analisadas. Essas 301 ações foram respostas a esses pleitos”, explicou Costa.

 

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