Turistas do Mercosul terão cota de mil dólares para compras

Brasil e Argentina também acertam o aumento de voos comerciais

Presidente da República Jair Bolsonaro, acompanhado do Presidente da República Argentina, Maurício Macri, do Presidente da República do Paraguai, Mario Abdo Benítez e da Vice-Presidente da República Oriental do Uruguai, Senadora Lucía Topolansky, plantam as Vinhas do Mercosul. Foto: Alan Santos/PR

Uma das decisões anunciadas durante a realização da Cúpula do Mercosul, em Bento Gonçalves-RS, foi o aumento da cota de comprar para turistas que viajam pela região. Os países aprovaram o valor de $ 1 mil dólares. A medida foi proposta pela Brasil e deve entrar em vigor após a Receita Federal publicar uma resolução com a mudança.

Na prática, os brasileiros que viajarem por países do Mercosul poderão trazer até $ 1 mil dólares em compras sem precisar pagar imposto.

Voos comerciais

Durante a cúpula, Brasil e Argentina assinaram um tratado para aumentar o número limite de voos comerciais semanais entre os dois países, que passou de 133 para 170. Para aviões de carga o limite foi extinto.

Mercosul – União Europeia

Em junho, o Mercosul concluiu um acordo de livre-comércio com a União Europeia (UE), que precisa ser ratificado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, assim como pelos membros da UE. O tratado, porém, encontra resistência em alguns países europeus.

Tarifa Externa Comum

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro também criticou as “taxas excessivas” existentes no Mercosul, em alusão à Tarifa Externa Comum (TEC), que o Brasil já propôs reduzir ou eliminar, com a complacência dos governos conservadores de Argentina e Paraguai. No entanto, essa proposta pode ganhar a oposição do presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, que assumirá o cargo em 10 de dezembro.

Bolsonaro insistiu na questão tarifária e garantiu que essas “taxas excessivas afetam quem produz e afetam a competitividade” dos países, que “não podem aceitar retrocessos ideológicos” que coloquem obstáculos no caminho para o livre-comércio.

Ao fim da cúpula, o Brasil passou ao Paraguai a presidência temporária do bloco.