Setor cerâmico: Sinomach busca expansão na América do Sul

Empresa chinesa se associa a parceiros para realizar investimentos de olho na indústria cerâmica local

Sinomach tem reconhecimento mundial no desenvolvimento de máquinas e equipamentos para a indústria. Foto Divulgação/Sinomach

O quinto país mais populoso do mundo, com constantes expectativas de crescimento econômico e estabilidade política, principalmente se comparado aos vizinhos continentais, o Brasil sempre está no radar de investidores internacionais. É de olho neste mercado que a Sinomach, empresa estatal chinesa e uma das gigantes mundiais do setor de desenvolvimento de máquinas e equipamentos para a indústria cerâmica e automobilística, busca expandir seus negócios.

Com sede Zhongguancum, no Vale do Silício da China, o Sinomach Group tem mais de 160 mil funcionários em mais de 40 subsidiárias espalhadas pelo mundo. Com a percepção de uma demanda reprimida e diversas possibilidades no mercado brasileiro, a empresa buscou parceiros que pudessem respaldar completamente os seus anseios. A K-Sider, que é especializada em equipamentos para cerâmica e mineração e conhece bem o mercado específico e a parte técnica do produto, e a UNQ, que atua há dez anos com uma das empresas do grupo Sinomach e complementa a parceria com todo conhecimento internacional.

O objetivo principal dessa fusão de diferentes capacidades e especializações é fornecer um serviço completo e diferenciado aos clientes. Iniciando com ferramentas diamantadas e abrasivas customizadas a cada particularidade fabril, a parceria oferece a possibilidade de importação direta ou a reposição através de um estoque local e o atendimento técnico especializado em cada demanda particular das empresas.

Segundo a gerente geral do departamento de ferramentas industriais do grupo Sinomach, Li Na,

temos muito interesse em aumentar nossa presença no Brasil, pois é um grande mercado e ainda possui muitas oportunidades a serem exploradas. Operamos no país há mais de 15 anos, e sabemos que há potencial para crescer”, argumenta.

A presença no território brasileiro é o ponto de partida para a expansão na América do Sul. Para isso a associação com organizações locais, com o respaldo de idoneidade, é uma das estratégias para acelerar este processo, seja com o conhecimento e relacionamento com as particularidades, como também nas questões ligadas a burocracia, impostos, distância, idioma e cenário político por exemplo.

Devido a dificuldades como estas, poucas empresas chinesas acabam entrando no Brasil. Por isso, formar uma parceria de longo prazo é muito importante”, reforça Li Na.

Esta aliança tem potencial de sucesso, pois une a força de uma grande empresa chinesa na fabricação de ferramentas, a vasta experiência técnica da K-Sider no setor cerâmico, e a expertise na gestão dos processos de importação da UNQ. Estas características complementares garantem a robustez necessária para atender de forma profissional as demandas da indústria cerâmica brasileira”, afirma o sócio-diretor da UNQ Renato Barata Gomes.

A oportunidade de fazer parte desta parceria está alinhada com nossos objetivos e acreditamos poder agregar valor neste projeto. As ferramentas industriais demandam de um conhecimento técnico que viemos adquirindo ao longo de nossa trajetória. Um bom produto e um fornecedor forte no exterior, aliado ao acesso às principais cerâmicas do país, e uma gestão de excelência nas negociações e logística internacional, maximizam as chances de sucesso neste novo desafio”, acrescentam os sócios da K-Sider Edson Cardoso e Ângelo de Silvestre.

“Trabalhamos com ferramentas para a indústria, onde além do produto, é necessário prestar um serviço de qualidade para atender os clientes de forma profissional. Além disso, para alguns produtos é importante que se mantenha um estoque. Desta forma, os parceiros locais tornam-se estratégicos”, valoriza a executiva chinesa Li Na.

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