Órgãos reguladores concluem Estudo de Tempos na Importação

Iniciativa foi desenvolvida pela Receita Federal, em parceria com Secex, Anvisa e Mapa

Crédito da imagem: David Mark/Pixabay

Você sabe quanto tempo leva para importar uma mercadoria no Brasil? Tem conhecimento sobre todos os atores envolvidos nesse processo? Sabe quais etapas apresentam maior morosidade ou o que já está sendo desenvolvido para resolver os principais gargalos? É para responder essas questões que órgãos reguladores brasileiros desenvolveram uma pesquisa sobre o setor. Denominado “Estudo de Tempos – Importação”, o levantamento já foi concluído e será apresentado oficialmente na próxima terça-feira (30).

A iniciativa é resultado de uma medida prevista no Acordo de Facilitação de Comércio (AFC), da Organização Mundial do Comércio (OMC), do qual o Brasil é signatário. O objetivo é promover mais transparência nas informações relativas ao comércio exterior e engajar os atores em busca de melhorias. O estudo brasileiro foi desenvolvido pela Receita Federal (RFB), em parceria com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Essa é a primeira pesquisa do gênero realizada no país, segundo a RFB, representando um marco na Administração Aduaneira Brasileira.

Estudo com base na metodologia da OMA

Conforme a Receita, a metodologia empregada foi a prevista no Time Release Study (TRS), da Organização Mundial das Aduanas (OMA). Ela é aplicada para a medição de eficiência operacional dos procedimentos conduzidos pela Aduana, órgãos anuentes e intervenientes do setor. A metodologia envolve tanto processos de importação quanto de exportação, assim como o trânsito de mercadorias.

O TRS objetiva apurar os tempos para liberação de mercadorias, desde a chegada até a efetiva saída da área sob controle aduaneiro. Com base nas informações, ele aponta possíveis medidas corretivas e de aprimoramento de performance dos participantes.

No Brasil, os tempos medidos compreenderam o processo integral da importação. Ou seja, desde a chegada do veículo transportador até a entrega da carga ao importador. O estudo envolveu todas as unidades nos modais aéreo (21) e marítimo (22). Também foram analisadas duas principais do rodoviário, que, juntas, responderam por aproximadamente 46% da movimentação do modal.

Divulgação dos resultados

Para divulgar o relatório e as recomendações, os órgãos envolvidos realizarão uma live no dia 30 de junho, às 11h. O evento contará com a participação de representantes da RFB, OMA, Grupo Banco Mundial, Fundo do Reino Unido para a Prosperidade, Secex, Camex, Mapa, Anvisa, Procomex, CNI e Fórum Consultivo OEA.

De acordo com a Receita Federal, a transmissão ao vivo ocorrerá via Youtube e haverá tradução simultânea em inglês.

Confira a programação do evento virtual:

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