O que faz um comprador internacional?

Habilidades de negociação e persuasão são fundamentais para profissionais que atuam nesta área

Foto de Arquivo Pessoal

Um bom comprador internacional deve primeiro ser também um bom negociador. Para isso, é preciso entender bem as diferenças dos países, sejam elas culturais, jurídicas ou administrativas. Esta habilidade está presente em praticamente todas as rotinas deste profissional que envolvem desde realizar prospecção de produtos e fornecedores, efetuar cotações, discutir as condições e prazos de entrega, até monitorar a qualidade dos serviços prestados sem deixar de conseguir preços competitivos.

Esta rotina exigente é vivenciada todos os dias por Amanda Salvadego Locks, dentro da Cerâmica Portinari. “No setor onde trabalho, precisamos estar atentas a novidades que agreguem positivamente ao nosso portfólio e que tenham a nossa essência. Devemos entender as necessidades de nossos clientes bem como as tendências”, descreve.

Além das habilidades de negociação e persuasão, é imprescindível ao comprador internacional avaliar os prós e contras dos diversos fatores que envolvem as aquisições e ser dinâmico na tomada de decisões.

O profissional que conhece profundamente o nicho em que atua consegue contribuir com ideias únicas e estratégicas”, acrescenta Amanda.

No cenário contemporâneo, as novas tecnologias de informação e comunicação têm contribuído para o comércio exterior e em especial para as atividades do comprador internacional. “Hoje é fácil manter contato com fornecedores ao redor do mundo. Os aplicativos de mensagens instantâneas revolucionaram a troca de informação rápida”, cita. “Temos ainda os relatórios e dados estatísticos que auxiliam nos estudos de mercado e dos concorrentes, dando suporte para a análise e planejamento estratégico”, complementa Amanda.

A colaboradora da Cerâmica Portinari está na função há um ano e meio, depois de ter sido estagiária por seis meses. Graduada em Administração – habilitação em Comércio Exterior, pela Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense) ela pretende seguir se especializando para agregar conhecimento e evoluir na carreira. “Eu sempre soube que gostaria de trabalhar em algo que me possibilitasse lidar com diferentes países e culturas. Estou formada há seis meses e penso muito em fazer um MBA em Gestão de Negócios Internacionais” projeta.

Num ambiente em constante evolução é preciso acompanhar as tendências e os mercados com potencial de investimento e principalmente inovação. “No futuro, acredito que o comprador internacional possa desempenhar papel ainda mais estratégico nas empresas, atuando como peça chave de cada organização”, conclui Amanda.

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