Melhoria nos acessos aos terminais pode agilizar trabalho

Bons exemplos registrados em Santa Catarina podem ser replicados em outros portos e contribuir para a operação das transportadoras rodoviárias

Foto: Divulgação/ SCPar Porto de Imbituba

Os portos são um dos maiores símbolos de representação da entrada e saída de mercadorias do Brasil. Mas para que as exportações e importações ocorram é preciso fazer chegar as cargas nos terminais. Muitos deles estão conectados com ferrovias, mas ainda há uma grande dependência do transporte rodoviário.

Para se deslocar até aos portos, os caminhões rodam por mais de 1,7 milhões de quilômetros das rodovias nacionais. Apesar dos investimentos feitos nos últimos anos, 65% de todos os recursos aplicados em transporte, somente 12,4% destas estradas são pavimentadas. O resultado disso é um custo alto para quem precisa utilizar o serviço e também para quem oferece diante dos gastos com manutenção e operação.

A situação poderia ser mais positiva se os portos também oferecessem boas condições rodoviárias de acessibilidade. “A importância deste assunto é imensa, pois, quando rodamos numa rodovia bem conservada, temos menor custo de manutenção dos veículos e economia de combustível. Sem falar no tempo de deslocamento que também é menor”, enumera o vice-presidente da Cooperativa de Transportadores Autônomos, Logística e Armazenamento de Imbituba e Região (Cooperimtra), Luiz Orlete Alves.

Terminais exemplos

Duas situações com exemplos de boa acessibilidade rodoviária aos terminais de carga ocorrem em Santa Catarina. “O Porto de Itapoá tem uma pista exclusiva para os caminhões que chegam para descarregar e carregar. Imbituba tem uma pista boa que foi concretada até próximo do Porto. Isso contribui muito para o nosso trabalho”, relata Alves.

O cooperado da Cooperimtra cita mais um exemplo que poderia ser replicado e assim compensar os problemas enfrentados pelos caminhoneiros. “Nestes dois portos temos facilidade para o agendamento de carga e descarga. Em Imbituba é por turno, toda a manhã ou toda a tarde, por exemplo. Em Itapoá são faixas de quatro horas. Em outros há limitações e agendamentos de apenas uma hora. Então é estrada ruim e horário para cumprir. Não podemos chegar antes da hora e nem depois. É uma série de dificuldades que só complica o nosso trabalho”, lamenta.

“Sabemos que projetos de duplicação e melhoria nas rodovias demandam muitos recursos financeiros e levam tempo para serem realizados. Por isso algumas melhorias nos processos existentes podem contribuir para agilizar quem trabalha na logística de transporte de cargas”, finaliza Luiz Orlete Alves.

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