Há um percentual fixo para calcular os custos de importação?

MITO Não há uma conta mágica e nem uma padronização nos custos de importação e o processo tem muitas variáveis além da taxa cambial. O primeiro deles é a tributação efetiva. “Para os tributos federais, a NCM define as alíquotas de cada imposto (Imposto de Importação que pode variar de 0 a 35%; IPI que pode chegar a 55%; PIS e COFINS). O imposto estadual (ICMS) depende do modelo de importação e das características da empresa importadora. Além disso, a NCM define o tratamento administrativo para cada produto”, explica o especialista em negócios internacionais, Marcelo Raupp.

Segundo ele, no caso da importação de tomates, por exemplo, há a anuência da Anvisa, o que pode refletir em mais tempo de armazenagem do que o normal, aumentando os custos. “Já na operação em si, os custos também sofrem alteração conforme a logística”, explica.

De acordo com Raupp, os fretes internacionais podem variar conforme a demanda, mas principalmente na quantidade que se está importando.

Como resultado, se um produto tem um valor agregado menor, o valor do frete terá uma representatividade percentual muito maior do que aquele com alto valor agregado”, ressalta.

A assessoria de um profissional com expertise no assunto é primordial para que todas estas análises sejam feitas da forma correta. Por isso, os importadores devem atentar-se às planilhas prontas na internet que simulam custos e outras ferramentas aparentemente simples. “Elas podem servir de orientação em alguns momentos, porém precisam ser cuidadosamente analisadas”, adverte.

E complementa: “As tarifas de cada porto são diferentes, as orientações internas também, a tributação em cada estado requer uma diretriz entre tantas outras variáveis. Um bom especialista em comércio exterior, além de fazer uma estimativa, também dará ao importador as melhores soluções para redução de custos como um todo”, conclui.

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