Exportações e importações cresceram mais que o PIB

Os índices de 1,8% e 4,6% ficaram acima do Produto Interno Bruto (PIB) que registrou crescimento de 0,4% e somou R$ 1,78 trilhão no segundo trimestre de 2019

Foto de Tânia Rego/Agência Brasil

O comércio exterior brasileiro cresceu no segundo trimestre de 2019. As exportações e importações cresceram, 1,8% e 4,6%, respectivamente, mais que o PIB (0,4%), conforme anunciou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o trimestre anterior. O PIB somou R$ 1,78 trilhão no período.

Dentre as exportações de bens, o crescimento é explicado, principalmente, pelo acréscimo nos produtos de extração de petróleo e gás natural; produtos alimentícios, produtos derivados de petróleo; produtos químicos, metalurgia e celulose. Na pauta de importações de bens, os aumentos mais relevantes ocorreram em máquinas e equipamentos; produtos de metal; máquinas aparelhos e materiais elétricos; extração de petróleo e gás natural e produtos derivados do petróleo.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29/8), no Rio de Janeiro, pelo IBGE. O PIB também apresentou altas de 1% na comparação com o segundo trimestre de 2018, de 0,7% no acumulado do ano e de 1% nos últimos 12 meses.

Na comparação do segundo com o primeiro trimestre deste ano, a alta de 0,4% foi puxada, sob a ótica da produção, pelos crescimentos de 0,3% do setor de serviços e de 0,7% da indústria. A agropecuária recuou 0,4% no período.

Na indústria, os principais desempenhos vieram da indústria da transformação (2%) e da construção (1,9%). As indústrias extrativas recuaram 3,8% e a atividade de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos caiu 0,7%.

Nos serviços, houve resultados positivos nas atividades imobiliárias (0,7%), comércio (0,7%), informação e comunicação (0,5%) e outras atividades de serviços (0,4%).

Por outro lado, tiveram queda os segmentos de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,6%), transporte, armazenagem e correio (-0,3%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,1%).

Demanda

Sob a ótica da demanda, a alta do PIB do primeiro para o segundo trimestre foi puxada pela formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos (3,2%), e pelo consumo das famílias (0,3%). O consumo do governo teve queda de 1% e as exportações recuaram 1,6%. As importações cresceram 1%.

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