Energia eólica representa 47% do consumo da Dinamarca

País começou a investir pesado no setor ainda na década de 1970

Foto de Kim Hansen, Richard Bartz e Kim Hansen / CC BY-SA 3.0

A energia eólica já é responsável por 47% do consumo da Dinamarca. O número é um novo recorde impulsionado por significativas reduções de custos e melhorias na tecnologia para parques offshore (instalados no mar). O dado foi divulgado pela Energinet, operadora da rede elétrica do país. A cifra representa uma alta frente aos 41% de 2018 e aos 43% de 2017.

O desempenho da Dinamarca, segue a tendência dos países europeus que são líderes globais no uso de energia eólica, mas o país está bem à frente de sua rival mais próxima, a Irlanda, que obteve 28% de sua energia através do vento, de acordo com os dados do grupo WindEurope.

Em toda a União Europeia, as turbinas eólicas representaram 14% da eletricidade consumida no ano passado, segundo o grupo.

O aumento na participação da energia eólica na Dinamarca no ano passado se deve, em parte, ao início das operações do parque eólico offshore Horns Ver 3, da Vattenfall, no Mar do Norte, em agosto.

As turbinas eólicas no mar foram responsáveis por 18% da energia no ano passado, ante 14% em 2018. Já as turbinas eólicas onshore (localizadas em terra) representaram 29% da energia consumida no ano passado.

A Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou em outubro que a energia gerada a partir de turbinas eólicas no mar representa apenas 0,3% da geração global de eletricidade atual, mas a capacidade deve aumentar 15 vezes nas próximas duas décadas.

A Dinamarca pretende reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 70% em 2030, com uma nova lei climática aprovada no final do ano passado visando o aumento da parcela de eletricidade proveniente de fontes renováveis de energia para 100%.

A Dinamarca – terra natal da Vestas, gigante fornecedora de turbinas eólicas, e da Orsted, líder global no desenvolvimento de projetos eólicos offshore – possui condições favoráveis de vento e começou a investir pesadamente em energia eólica na década de 1970.

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Com informações da DW