Egito abre mercado para produtos lácteos brasileiros

Ministra da Agricultura, Tereza Cristina reuniu-se com autoridades do governo, empresários locais e com a Liga dos Estados Árabes

Nas reuniões, no Cairo, foram debatidas redução de tarifas de exportação e padronização de certificados sanitários.

A ministra da Agricultura Tereza Cristina anunciou a abertura do mercado egípcio para produtos lácteos brasileiros. Aguardada desde 2016, a entrada dos produtos do Brasil poderá atingir um mercado de 100 milhões de consumidores. Este foi um dos principais resultados das reuniões de trabalho com autoridades de governo e empresários locais, realizados pela ministra na primeira parada de sua missão ao Oriente Médio.

Nas reuniões, no Cairo, foram debatidas redução de tarifas de exportação e padronização de certificados sanitários.

A ministra também participou de um seminário na Federação das Câmaras Egípcias de Comércio, onde defendeu a diversificação da pauta comercial agrícola entre Brasil e Egito e destacou o crescimento da agropecuária brasileira com sustentabilidade.

Tereza Cristina reuniu-se com o ministro da Agricultura e Recuperação de Terras, Ezz el-Din Abu Steit. Eles trataram do processo de importação de uva e alho egípcios e o envio de ovinos e caprinos para o Egito, o que irá beneficiar criadores do Nordeste brasileiro.

Em 2018, as exportações agropecuárias do Brasil para 22 países árabes e integrantes da Organização para a Cooperação Islâmica, totalizando 55 nações, somaram US$ 16,13 bilhões, o que representa 19% do total das vendas externas do agro brasileiro, percentual superior ao que foi exportado para a União Europeia (16%). Os produtos mais vendidos foram açúcar, carnes, milho, soja e café.

Estima-se que o comércio agrícola entre Brasil e o mundo árabe pode crescer e chegar a US$ 895 milhões. Os produtos em perspectiva são: soja (farelo e grãos), café verde, açúcar e fumo não manufaturado.

A comitiva brasileira segue para Arábia Saudita.