Diário da China: visita em feiras e aproximando relacionamentos

Colunista do Portal OMDN, Marcelo Raupp, conta detalhes do roteiro que está fazendo na China

Visita em feiras

Os últimos dois dias foram de visitas às feiras. Primeira feira é a CISMA (China International Sewing Machinery & Accessories Show), de tecnologia para indústria têxtil, ou seja, máquinas, automação e tudo que envolve o segmento no sentido produtivo, de maquinário mesmo. E no segundo dia, hoje visita a feira Intertextile Shanghai Apparel Fabrics que oferece aviamentos, tecidos e uma tecnologia já em produto.

A impressão em visita às feiras chinesas continua a mesma. A capacidade desenvolvida por eles de apresentar novidades em termos tecnológicos e tendências. Na feira de máquinas, apresentam automação, muitas possibilidades e ideias que eles sugerem em termos produtivos, isso para padronizar processos e dar mais resultados em qualidade, claro. E principalmente produtividade e redução de custo.

E na feira de tecidos, tecnologia em produto propriamente, qualidade dos tecidos, diversidade dos mesmos, novidades principalmente, em se tratando de tecidos e aviamentos. Os chineses promovem isso, e as feiras oportunizam aos outros países, nós brasileiros por exemplo, conhecer e levar para o Brasil todas as novidades. Claro quem veio primeiro tem a oportunidade de usufruir dos benefícios do pioneirismo.

Aproximando relacionamentos

Ontem à noite, nós acabamos o dia num happy hour num boteco brasileiro, uma região que chama de Julu Lu, com vários bares, de diferentes origens e esse bar chamado Boteco Brazilian Bar & Food, onde ali a gente não tomou Brahma, claro, mas comemos aipim frito, pastel, pururuca, bolinho de feijoada, frango a passarinho, enfim, comidas típicas brasileiras, que fazem lembrar um pouco a nossa cultura.

A região de Xangai tem muitos brasileiros, e aí é uma comunidade que pode se reunir para lembrar da própria nação, mas também receber estrangeiros de outras origens e tudo mais, que tenham essa simpatia com o Brasil, afinal em se tratando de festa, de ser bom anfitrião e entretenimento, os brasileiros e o Brasil, ainda são muito bem visto pelos europeus e americanos.

A noite terminou com um jantar típico com os chineses, numa sala privada, com uma mesa redonda, onde as comidas são colocadas no meio e a parte interior do vidro gira, para que a comida chegue a todo mundo. Uma diversidade e quantidade de comida tremenda, mas sempre muito baseada em qualidade. Embora os brasileiros tenham medo da cultura chinesa, a comida é muito boa, porque ela é muito fresca e muito bem preparada.

Claro que precisa saber pedir de acordo com a nossa cultura, brasileiros muitas vezes sofrem aqui por não saber pedir e acabam recebendo às vezes comidas que não são do agrado cultural, por exemplo, os frangos não muito bem passados, quase crus na verdade, muitas vezes com a própria cabeça, que acaba sendo uma iguaria. A pessoa mais importante da mesa, normalmente é quem come a cabeça do frango ou de outras aves, então o importante é saber pedir pois a comida chinesa é muito boa.

E esse happy hour é importante para aproximar relações, já que o chinês, valoriza isso muito, essa proximidade. Não se fala em negócios durante esses momentos, é simplesmente um momento para desenvolver a relação.

Então dois dias muito produtivos e muito bem aproveitados.

Diário da China

O especialista em negócios internacionais e colunista do Portal OMDNMarcelo Raupp, está realizando a 14ª viagem de negócios para China, e neste Diário da China conta detalhes e curiosidades da rotina que está vivenciando no país asiático. Acompanhe também nos stories Instagram, O Mundo dos Negócios vídeos e mais detalhes desta saga até o oriente.

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