Cresce o comércio do Brasil com EUA, mas reduz com outros países 

Enquanto as exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram 9,5% em agosto, as vendas para a China caíram 17,1%

Foto de Tânia Rego/Agência Brasil

O comércio do Brasil com os EUA teve um crescimento de 9,5% em agosto deste ano, na comparação com o mesmo período de 2018. Já as importações de produtos dos Estados Unidos aumentaram 27,9%. Ao mesmo tempo, o comércio com os outros parceiros importantes (China, Argentina e União Europeia) teve queda.

Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e mostram que o comércio do Brasil (exportações) para a Argentina recuaram 38,9% no mês. As vendas para a China caíram 17,1%, enquanto o volume exportado para a União Europeia recuou 7%.

Considerando-se todos os países, a corrente de comércio do país, ou seja, a soma das exportações e importações, caiu 15% entre agosto de 2018 e agosto de 2019. Os valores exportados pelo Brasil, considerando o volume de exportação mais o preço cobrado por esses produtos e serviços, recuaram 13%. O valor dos importados caiu 17%.

Segundo nota da pela FGV, isso pode ser explicado pela “desaceleração no comércio mundial e o baixo nível da atividade brasileira”.

Em termos de volume, as exportações e importações tiveram a mesma queda (-13%), mas os preços dos bens importados recuaram mais do que os preços dos exportados. Em agosto, todos os setores tiveram queda no volume exportado, com destaque para a indústria de transformação.

Balança comercial

A balança comercial brasileira registrou, na segunda semana de setembro, déficit de US$ 552 milhões, segundo dados divulgados pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia. As exportações no período de cinco dias úteis chegaram a US$ 4,822 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 5,374 bilhões. O saldo corrente é de US$ 10,196 bilhões.

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