Containers refrigerados: preços de THC abaixo da média global

Valores aplicados nos principais portos brasileiros é inferior à media mundial, indica estudo da Antaq

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O valor médio da Taxa de Movimentação no Terminal, (Terminal Handling Charge – THC, em inglês) para containers refrigerados aplicado nos principais portos do Brasil é mais baixo que a média mundial. O levantamento dos valores foi realizado pela Superintendência de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade (SDS), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Foram analisados dados dos 40 principais portos internacionais envolvidos no comércio exterior brasileiro. O estudo reuniu os valores para os containers refrigerados, tanto de 20 pés quanto de 40 pés, divulgados por quatro grandes transportadores marítimos – CMA-CGM, ONE, Hapag-Lloyd e Hamburg Süd, e os comparou com os demais portos do mundo pesquisados.

Os valores para o THC de Santos como porto de origem da operação portuária variaram de US$ 207 a US$ 266 por contêiner, dependendo do transportador marítimo.

Tendo como origem o porto de Buenos Aires, tais valores variaram de US$ 265 a US$320 por contêiner. O porto de Roterdã variou de US$ 336 a US$ 347. O porto de Hamburgo de US$ 286 a US$ 396. Já as cargas com origem no porto de Hong Kong variaram de US$ 299 a US$ 473 por contêiner.

Na avaliação da Antaq, “tal comportamento, provavelmente, se dá pelas negociações entre os grandes players exportadores de produtos refrigerados brasileiros e as empresas de navegação”. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o Brasil exportou, em 2018, 1,64 milhão de toneladas de carne bovina, consolidando-se como o principal exportador mundial de proteína.

Os portos internacionais pesquisados e envolvidos no comércio exterior brasileiro, representaram, em 2018, 80% da movimentação portuária, na importação ou na exportação.

Os portos/complexos portuários brasileiros considerados foram: Santos (SP), ItajaíPortonave (SC), Paranaguá-Antonina (PR), Rio Grande (RS), ItapoáSão Francisco do Sul (SC), Manaus (AM), SuapeRecife (PE) e PecémFortaleza (CE), que, juntos, representaram 85% da movimentação de containers do país, em 2018.

A THC é o preço cobrado pelos serviços de movimentação de carga entre o portão do terminal portuário e o costado da embarcação, incluída a guarda transitória das cargas pelo prazo contratado entre o transportador marítimo, ou seu representante, e instalação portuária ou operador portuário, no caso da exportação, ou entre o costado da embarcação e sua colocação na pilha do terminal portuário no caso da importação.