China deve habilitar novos frigoríficos, anuncia ministra

Ministra da Agricultura Tereza Cristina está em Pequim e se juntou à comitiva do presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira

Presidente Jair Bolsonaro e ministros em audiência com presidente da Fiesp e CEOs chineses, em Pequim Divulgação/Presidência da República

A China deve habilitar novos frigoríficos brasileiros para fornecerem carne aquele país. O país também deve importar melão produzido no Brasil e em compensação, o Brasil vai importar pera chinesa. Os anúncios foram feitos pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, após encontro com o ministro chinês, Han Changfu.

“Muitas coisas estão caminhando com muita celeridade. No caso das frutas, devemos ter o anúncio da abertura de melão do Brasil para China e de pera da China para o Brasil. Temos mais habilitações que devem acontecer no intervalo de dias entre a visita do presidente Bolsonaro à China e a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil”, afirmou Tereza Cristina.

Esta é a segunda viagem da ministra à Pequim. A primeira foi em maio deste ano. Tereza Cristina chegou à China no fim de semana passado e se juntou à delegação do presidente Jair Bolsonaro.

Tereza Cristina destacou a importância da continuidade das conversas entre maio e outubro deste ano. “Tivemos alguns avanços. A viagem de maio foi importantíssima para uma abertura maior entre o Ministério da Agricultura e o GACC (aduana chinesa)”, disse a ministra.

A ministra ressaltou o importante mercado que se abre para a produção pecuária brasileira.

Hoje o mercado de carnes está em ebulição aqui, a necessidade é muito grande. Então, aqueles frigoríficos que estão preparados com os protocolos para exportar para China terão oportunidade, tamanha é a necessidade e a vontade de importar carne do Brasil”, afirmou.

Tereza Cristina reforçou a importância das parcerias entre o Brasil e a China – um país que precisa alimentar 1,4 bilhão de pessoas. “O que o nos foi dito ontem, com muita propriedade, é que eles têm a necessidade (de alimentos), porque estão colocando no mercado de consumo mais de 300 milhões de pessoas. Isso é um outro Brasil que precisa ser alimentado dentro da China”, disse.

“Nós temos de aproveitar essa oportunidade, entregando o que eles querem: volume, alimento de qualidade e preços que possam estar ajustados aqui no mercado chinês”, completou.

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