Check-in no gate: etapas para a coleta de contêiner no terminal

Transportador rodoviário precisa seguir procedimentos para carregar cargas no porto

Crédito da imagem: Reprodução/APPA/Portos do Paraná

O processo para retirada de contêiner em um terminal requer o cumprimento de etapas por parte do transportador rodoviário. A primeira delas é o horário previamente agendado para apresentação do veículo no porto. Caso esse procedimento não seja devidamente atendido por algum imprevisto, o transportador poderá ser notificado e punido por não cumprimento de janelas e corre o risco do carregamento não ocorrer, gerando problemas e custos extras ao cliente.

Conforme esclarece o diretor operacional da Agillog Transportes, Leandro Coelho, há um intervalo de tempo entre os procedimentos no gate e a coleta, de fato, do contêiner.

A janela disponibilizada pelo terminal é uma senha de cadastro, de apresentação. Então o motorista e o veículo precisam se apresentar ao terminal dentro da janela determinada. Em contrapartida, não há como prever o horário específico para que o carregamento ocorra, pois o terminal trabalha simultaneamente com outras operações, aguardando o momento correto onde os equipamentos possam efetuar seus carregamentos otimizando movimentos desnecessários, como remoção”, explica Coelho.

Ou seja, dependendo do terminal e do fluxo de operações no dia, o veículo pode dar entrada no gate em determinado horário e só efetuar o carregamento horas depois. “Imaginamos um cenário em que, em um período de janela, há 20 veículos previstos para carregamento no horário das 20h às 22h, os quais são respeitados impreterivelmente. Contudo, não significa que o veículo terá sua saída no fim da janela. Poderá levar horas depois para que sua saída ocorra, haja vistos os procedimentos internos e remoções que o terminal necessita fazer, nos quais não são devidamente repassados ao cliente e, muitas vezes, reportando atrasos do veículo na sua janela”, exemplifica o diretor operacional.

Empilhamento e operação dos contêineres

Segundo Coelho, um fator que influencia diretamente isso é a distribuição das cargas na área alfandegada. “O terminal segue o seu planejamento de pátio. Porém, nem sempre a sequência dos carregamentos segue a sequência do empilhamento. Se, em uma pilha de cinco contêineres, o que o transportador estiver esperando for o terceiro, ele precisará aguardar os demais veículos para finalizar o seu. Ou seja, é necessário seguir a sequência do empilhamento, evitando remoções de pátio desnecessárias”, acrescenta o especialista.

É por isso que a coleta pode ocorrer em um intervalo curto de tempo ou se estender por horas. “Então é um processo com diversas etapas. Na primeira delas, o veículo precisa estar impreterivelmente dentro da janela disponibilizada pelo terminal, registrando seu check-in. No interior do terminal, o motorista é obrigado a seguir regras de acesso e segurança, não podendo sair de dentro do veículo. Se estas regras não forem cumpridas, seu acesso pode ser bloqueado por horas ou, até mesmo, dias, como forma de punição ao não cumprimento das normas de segurança”, reforça o diretor operacional da Agillog.

A quantidade de carregamentos e o intervalo para coleta das cargas variam conforme cada terminal portuário.

Etapas para a coleta de contêiner na importação:

1 – Programação do carregamento

Após todas as etapas de liberação da carga nos terminais portuários e retroportuários, o primeiro contato é efetuado pelo importador, trading ou comissária de despachos, direcionando a transportadora que efetuará o carregamento. A ela, são repassadas as informações necessárias para que o veículo seja o adequado, e iniciando também o agendamento para a coleta do contêiner.

Contudo, cada terminal possui procedimentos próprios para os agendamentos. Em alguns, esse processo é efetuado pelo despachante aduaneiro, enquanto em outros a própria transportadora o programa. “Como cada terminal tem seu regimento, alguns operam com janelas de carregamento, determinando horário inicial e final, e outros operam com horários específicos”, pontua Coelho.

Para o agendamento, são necessárias diversas informações, como cadastro da transportadora, motorista e veículo. Esses dados precisam ser informados juntamente com a janela requerida. No entanto, nem sempre o terminal possui disponibilidade de data. De acordo com Coelho, o que determina isso é a demanda do dia.

2 – Apresentação no terminal

Conforme o diretor operacional, esse ponto é de extrema importância, pois a transportadora precisa, obrigatoriamente, apresentar-se dentro da janela ou do horário específico. “O terminal não acatará atrasos, dispensando o veículo, sendo necessário a reprogramação e gerando custos ao cliente”, enfatiza.

3 – Acesso ao terminal

Para o veículo ter acesso liberado ao terminal, o transportador precisa cumprir todas as exigências de segurança e portar os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários. Atendendo esses requisitos, ele tem o acesso liberado e é encaminhado pelo gate à carga no respectivo armazém ou ao endereçamento do contêiner no pátio.

4 – Carregamento do contêiner

Geralmente os carregamentos são efetuados através de empilhadeiras de grande porte, como Reach Stackers, como é o caso dos contêineres. Em carga geral, são empilhadeiras para até duas toneladas ou mesmo mão de obra, se for em unidades. “Em nossa região, o método mais comum são contêineres, onde facilidade e agilidade são maiores, pois a carga encontra-se otimizada e organizada em padrões mundiais, facilitando todas as etapas envolvidas na logística”, finaliza o diretor operacional da Agillog.

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