Carga Pesada: Os Desafios do Transporte Rodoviário

Transportadoras atravessam cenário desafiador entre alta dos custos e pandemia

Pandemia, pressão dos custos operacionais e regramentos diferentes entre os estados brasileiros. Responsável pelo abastecimento de todo o país, o transporte de carga é considerado essencial e, ao menos diretamente, não sofre com as medidas restritivas. Mas os desafios que o momento impõe à atividade são inéditos e está transformando a realidade de empresas, trabalhadores e clientes das transportadoras.

Na avaliação de Marcelo Pereira, profissional da Agillog Transportes, os custos como combustíveis, manutenção, pedágios e alimentação dos motoristas mudam quase semanalmente. Ao mesmo tempo em que as empresas do setor não têm condições de arcar com todos os aumentos, há pouco espaço para repassá-los em um ambiente de concorrência.

“Nosso maior desafio é conseguir se manter no mercado, prestar um serviço de excelência e se adaptar às mudanças. Estamos numa fase de novos desafios, precisando ‘sair da caixinha’”, relata.

Investimento em tecnologias

Para lidar com o cenário, segundo Marcelo, a solução é inovar. “O negócio é buscarmos novas alternativas, novos segmentos e novas estratégias para permanecer no mercado. Buscamos no mercado novas tecnologias para facilitar nossos trabalhos, investindo em caminhões mais modernos para reduzir os custos, principalmente nos combustíveis, responsável por mais de 50% do valor dos fretes. Também investimos nos colaboradores e tentamos ajudar no geral da melhor forma possível, respeitando as regras de cada região”, detalha o profissional.

Na avaliação de Marcelo, mesmo com todas as alternativas, os clientes também são fundamentais para garantir a sustentabilidade do transporte em um momento desafiador para todos.

“É possível ajudar em dar boas condições para nossos motoristas em suas dependências, ajudar na carga e descarga. Isso representa muito para nós, garante agilidade nos processos e pode até melhorar nas condições dos fretes”, explica.

Ainda que todo esforço ajude no dia a dia, o fato é que é inevitável que a conta, cedo ou tarde, acabe recaindo sobre toda a sociedade. “No final mesmo, com as incertezas e aumento das despesas, quem vai pagar seremos todos nós, consumidores finais. É uma engrenagem”, finaliza.

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