Apoio ao comércio exterior em Santa Catarina e no Sul

Parte II da análise traz iniciativas locais de suporte ao setor

Crédito da imagem: jcomp/Freepik

Por Renata Goulart Fernandes

No artigo anterior, conhecemos as entidades e algumas iniciativas federais que apoiam o comércio exterior brasileiro, com foco em disseminar e incentivar a cultura exportadora e prestar orientações e ações de acesso ao mercado.

Entidades como o Inmetro (autarquia federal) e os Correios (empresa pública), conhecidas como órgãos anuentes de apoio ao comércio exterior, também estão disponíveis para dar suporte às empresas exportadoras e importadoras. O Inmetro, por exemplo, oferece informações sobre barreiras técnicas e tarifárias que produtos brasileiros podem encontrar ao acessar outros mercados, por meio do serviço Alerta Exportador. Já os Correios atuam com logística através do “Exporta Fácil” e “Importa Fácil”.

Outro exemplo de autarquia que tem como premissa apoiar micro e pequenas empresas a se tornarem mais competitivas através da internacionalização é o Sebrae. Essa entidade, assim como a Apex, possui iniciativas regionalizadas. Em Santa Catarina, disponibiliza serviços que visam sensibilizar e orientar as empresas nos processos de internacionalização.

O Sebrae, junto à Fiesc, lançou em 2020 o Programa SC + Global. O objetivo é fortalecer a corrente de comércio internacional com o desenvolvimento da competitividade das micro e pequenas empresas de forma sustentável. Através do programa, as interessadas realizam um teste de maturidade e definem um plano de ação, além de terem acesso a orientações. A ação envolve diversos atores parceiros no estado, como a Acate, Acats, Facisc, Faesc, Fampesc, Fiesc, FCDL, Fecomércio e o governo catarinense.

A Fiesc, por sua vez, atua através do Centro Internacional de Negócios (CIN). O foco é na indústria catarinense, com o objetivo de gerar novas oportunidades de negócios. Para isso, são empregados recursos e ferramentas para facilitar o acesso ao mercado externo e consolidar a presença das empresas catarinenses no cenário internacional, como pesquisas, capacitações e organizações de rodadas e missões empresariais, em parceria com a Apex.

A Apex atua em todo o Brasil através de parcerias com os CINs estaduais e de ações locais com o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), junto a universidades. No sul de Santa Catarina, o Peiex é realizado pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Ao participar do programa, a empresa recebe uma metodologia para que inicie o processo de exportação de forma planejada e segura, através da avaliação do potencial exportador e da elaboração de um plano de trabalho. E isso para que ela alcance os requisitos necessários à exportação dos produtos. O contato é o peiex.criciuma@unesc.net.

Ainda na região, a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) promove o desenvolvimento das exportações através da disseminação de informações e orientações, desde 2003, por meio do Programa de Internacionalização de Empresas de Tubarão (Piet). Ele oferece atendimentos e consultoria a potenciais empreendedores e às empresas que desejam receber orientações sobre exportação e importação. Os serviços podem ser acessados diretamente na universidade, com os professores dos cursos de Relações Internacionais e Administração, Milene Pacheco Kindermann e Claudio Fabretti Patricio.

Por fim, o sul catarinense também conta com a Associação da Região Sul para Comércio Exterior (Artcomex), que visa prestar serviços de orientação e assessoria às empresas que estão iniciando a internacionalização. Ela envolve as empresas que não possuem ainda estrutura interna para lidar com o tema ou, então, que desejam ter apoio para o departamento de exportação e importação. Os contatos podem ser realizados por meio do e-mail alexandre@artcomex.com.

Com todas essas iniciativas e apoios, os empresários conseguem planejar a inserção no mercado externo e se prepararem para serem ainda mais competitivos. Sabemos que essas ações são um desafio para as empresas brasileiras, principalmente às micro e pequenas. Por isso, é fundamental recorrerem a entidades e órgãos de apoio, como os citados, a fim de minimizarem os riscos e se manterem no mercado cada vez mais global.

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