A lacuna no transporte aéreo em tempos de Covid-19

Dinâmica do modal foi interrompida em diversos países como medida de enfrentamento ao coronavírus

Carga com kits de teste rápido chega ao Brasil via modal aéreo | Foto: Divulgação/Vale

Desde o início da pandemia de Covid-19, muitos países têm adotado medidas restritivas, buscando, de alguma forma, frear ou amenizar a velocidade de propagação do vírus. Algumas delas estão impactando diretamente no transporte aéreo.

As companhias aéreas são responsáveis por grande parte da movimentação de passageiros e mercadorias entre países, sendo uma ferramenta ideal para o deslocamento rápido entre grandes distâncias. Por outro lado, essa também é uma maneira eficiente para disseminação de patógenos, como o novo coronavírus.

Essa dinâmica do transporte aéreo, de encurtar as fronteiras, trouxe como ônus um bloqueio geral nas operações das companhias no serviço PAX (passageiro), que tiveram sua movimentação frenética entre países interrompida.

Como vimos nas últimas semanas, as companhias aéreas têm se ajustado à Covid-19, buscando alternativas para a manutenção das frotas em circulação, mesmo que parcialmente. Observamos inúmeros voos de passageiros se transformando em aviões exclusivos para cargas, como uma forma de manter as operações ativas.

Atualmente, as cias aéreas seguem sem previsão para o regresso de 100% das suas aeronaves. Nos EUA, por exemplo, os números já ultrapassaram 1,3 milhão de casos de Covid-19. E, ao que tudo indica, nas próximas três ou quatro semanas, o mercado americano seguirá limitando voos de passageiros. Enquanto isso, as Airlines manterão 40% da frota PAX (aeronaves de passageiros) embarcando somente carga. Situação esta que se repete em muitos outros países, que enfrentam as mesmas dificuldades.

De modo geral, as tabelas de fretes subiram mais de 300% o preço do quilo embarcado. Para muitos segmentos, o aumento tornou inviável optar por esse meio de transporte. Aqueles que ainda resistem possuem mercadorias com um alto valor agregado e com capacidade de absorção nos custos. Porém, eles enfrentam dificuldades para conseguir espaço nas aeronaves, que podem levar entre cinco e dez dias para disponibilizarem uma reserva. Atualmente, as cargas gerais disputam com uma demanda gigantesca por aparelhos e EPIs para uso hospitalar, como testes para Covid-19, respiradores, luvas, aventais e máscaras descartáveis.

Enquanto o transporte aéreo segue deficitário e extremamente caro, a solução pode ser priorizar apenas mercadorias urgentes e pequenas remessas neste modal, dando preferência pelo transporte marítimo (FCL – Full Container Load) para volumes maiores. Mesmo parecendo ser pouca carga para acomodar em um container, o custo ainda pode ser menor que 25% do transporte aéreo, dependendo da quantidade a ser embarcada. Também terá mais agilidade, se comparado com o embarque consolidado marítimo (LCL – Less Container Load), no que se refere ao tempo de trânsito e trâmites alfandegários na origem e destino.

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